terça-feira, 16 de março de 2010

Olha e vê


Teresa de Calcutá já dizia: “quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las”. Olha a roupa dela! Ih, olha os dentes dele!  Ele tem mau hálito. Ela tem cabelo duro. Ele é gay, ela é burra. Se veste mal, não tem estilo. Não tá na moda. Fez recuperação, é patricinha.

Todo mundo fala de todo mundo. Entre quatro paredes, em rodas de amigos. Só ela com ela, ela com ele, ou ele com ele. Mas opiniões não faltam. Todos têm as suas e querem ser ouvidos. Por que as pessoas se considerarem tão importantes?

Será que as suas sugestões sobre a vida do outro são tão imprescindíveis assim?

Uma pergunta:

- Será que existem os seres humanos perfeitos, enviados para serem fiscais das imperfeições dos outros?

Quando aprendermos que não existem dois seres iguais, que somos todos diferentes e todos defeituosos talvez possamos respeitar gostos, cores, credos e evolução de cada um. Teremos compreensão, compaixão e amor para dividirmos com o outro.

Se você se sente mais preparado para lidar com determinada situação, ensine, ajude, dê uma luz ao seu vizinho. Não o critique. Sua crítica não irá gerar nenhum movimento positivo e nenhuma melhora na vida de nenhum dos dois. Seja amoroso. Se não sentir-se capaz disso, exercite.

O sentido da vida. Devemos refletir sobre ele. Será que é ter, usar, usufruir, destruir, se divertir, apenas? Por que estamos aqui? Por que convivemos com Estas pessoas? Justamente Estas?

Será que não está na hora de exercer a verdadeira humanidade? Exigimos a perfeição no outro, mas não buscamos a perfeição em nós mesmos.

Jesus nos deixou algumas dicas para nos melhorarmos e ignoramos ou não levamos a sério. Ou simplesmente esse manual de boa convivência traz muita responsabilidade para a vida?

“Amai-vos uns aos outros”.

“Amai o próximo como a ti mesmo” ou quem sabe “Amai os vossos inimigos”.

Tarefa muito difícil.

Não temos sabedoria ou certificado de inteligência e justiça que nos tornem aptos a julgar com propriedade as escolhas do outro.

A vida é um espelho. Ela reflete em nós as nossas próprias atitudes. As máscaras estão aí. As pessoas atuam na vida, assim como na arte para se saírem bem na fita, para parecerem o que não são.

Se não for feita uma mudança interna, se não forem identificados em si mesmos os defeitos e a melhora individual e coletiva não for prioridade, não tem profecia, mapa astrológico, crenças em 2012 que sejam postas em dúvida. A autodestruição será mesmo uma sina.

Emília Mazzei

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Felipe Vieira disse...

Rapaz... botou pra "lenhar"... Eu adoro meus amigos inteligentes!!!

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