domingo, 28 de fevereiro de 2010

Por que tanto homem se fantasia de mulher?


Eles são héteros, muito machos, mas no Carnaval soltam a franga. Essa expressão significa "desinibir-se, geralmente assumindo um lado feminino, alegre". Não é novidade, e acontece no Brasil inteiro. Eles não se fantasiam de mulher discreta. Precisa ser vulgar e desejável. Salto alto, seios pontudos, maquiagem pesada, decotes... e rebolation. No Bloco das Piranhas ou no Bloco das Virgens, nosso vizinho circunspecto fica irreconhecível até a Quarta-Feira de Cinzas. É tão divertido assim ser mulher?

Não existem blocos de mulheres fantasiadas de homens. Se a mulher quiser se desreprimir, a última fantasia será a de homem. "Mulher já pode se vestir de homem no dia a dia, usar calça comprida, camisa social, mocassim...e ninguém põe em dúvida sua sexualidade. Já o homem...", diz o psiquiatra Luiz Alberto Py. "Quando Gilberto Gil e Caetano Veloso apareceram de pareô, a reação foi supernegativa. Em 1956, um artista plástico, Flávio de Carvalho, fez um desfile com homem de saia no Viaduto do Chá, em São Paulo, e foi vaiadíssimo."

Minissaia, vestido de alcinha, frente única, tomara que caia, sandália, shortinho. É tudo ótimo no calor. Mulher tem um enorme leque de variações no vestuário. Homem é mais conservador. As novidades na roupa masculina desde os anos 60 foram a bermuda, a bata e a camiseta regata. Mesmo assim... Vários lugares noturnos e restaurantes admitem mulher de sandália, mas homem não. Mulher de short sim, mas homem de bermuda não.

Mas a roupa é só o visível. A fantasia de piranha desnuda outras fantasias. "O Carnaval é um rito profano e sagrado. O homem se veste de mulher porque quer ser mais afetivo de maneira escancarada, sair beijando todos, de qualquer sexo. Homem afetivo, nos outros dias do ano, é coisa de gay", afirma o psicoterapeuta Sócrates Nolasco. "É um contraponto. Um momento do ano em que ele não precisa afirmar sua masculinidade. Mulher pode ser afetiva, carinhosa, extrovertida, dada, e nem por isso será tachada de 'piranha'."

"É como se vestir peruca e salto alto no Carnaval servisse para exorcizar a fragilidade do dia a dia"

Não se duvida de que uma mulher seja mulher. Ela pode até ter relações amorosas ou conjugais com outra. Continua sendo mulher, caso não imite machos. Ela pode beijar amigos e amigas, abraçar, fazer carinho publicamente. Isso não fará dela "piranha" ou lésbica. A mulher pode, no trabalho, assumir atitudes estereotipadas masculinas - isso não fará dela um homem. O inverso é mais complicado.

É como se esses homens que se equilibram com pernas cabeludas sobre saltos altíssimos aproveitassem o Carnaval para exorcizar sua dificuldade de mostrar afeto ou fragilidade no dia a dia. Tudo é permitido porque é fingimento. No filmeSe eu fosse você, em que Tony Ramos e Gloria Pires trocam de alma e papéis, as plateias o acham muito mais engraçado que ela. Porque Tony Ramos não se comporta exatamente como a sua mulher no filme. "A compulsão por futilidades e os trejeitos exagerados lembram mais o comportamento de um gay afeminado", diz Nolasco. Para virar homem, Gloria Pires fala grosso, não abaixa a tampa do vaso e faz embaixadinhas - ela muda bem menos.

Os homens que se fantasiam de mulher para zoar à vontade fazem do Carnaval uma catarse de seus fetiches. Claro que só saem em bando. Coisa de macho mesmo. Porque sair sozinho vestido de mulher pode dar origem a outras interpretações.

"Todos, homens e mulheres, temos um lado homossexual", diz Py. "A sexualidade é uma limitação brutal. A percepção de que a gente pertence a um sexo significa não pertencer ao outro, o que de certa forma nos rouba uma parte da humanidade. A mulher tem uma versatilidade comportamental muito maior. O homem não pode nem fazer carinho em outro homem. O Carnaval é a transgressão inocente, o liberou geral para desfrutar seu lado feminino sem perigo."

Simpatizo com esses bandos de homens fantasiados de mulheres fálicas em tantos blocos espalhados pelo Brasil. Por um instante, eu me lembro de Freud. O pai da psicanálise dizia que a mulher sentia inveja do pênis. Não seria o contrário?

Ruth de Aquino

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Brasileiro não navega na internet, brasileiro NADA na internet!


Faz um tempo que me pergunto, mas nunca desprendi um pouco de tempo pra escrever e pesquisar sobre esse assunto...

E são nesses momentos que fico mais satisfeito ainda, em ter criado esse blog, porque sei que aqui posso expor sem me preocupar com nada tudo aquilo que penso e que pretendo reportar ao mundooo...

Entrando de fato no assunto, não importa se você é um novato ou um usuário experiente; se você é “peão”, engenheiro ou dono de uma construtora; se é um grande empresário ou se acaba de pegar abrir sua “birosca”.

Quando falamos em tecnologia, Internet, redes sociais e afins, temos sempre que levar em conta o fator cultural e social que está inserido nesse contexto.

Por isso a maioria de meus textos, são pra “gregos e troianos”, sempre me preocupo em usar uma escrita bem simples, no entanto com conteúdo de alta qualidade...

- Ai, ai, alguém me disse que eu escrevo bem e eu já to me achando... Risos....

Enfim, venho observando (eu e metade do mundo - Risos) que nos últimos anos, o número de usuários no Brasil cresceu significantemente por vários motivos, tais como incentivos do governo para compra de computadores, facilidade de acesso (lan house), acessos gratuitos à Internet, redes sem fio e, principalmente, por causa das redes sociais.

As redes sociais são uma das maiores "culpadas" pelo crescimento de número de usuários, tendo em vista que a Internet só passou a ser parte efetiva da vida dos brasileiros após o surgimento dos Orkut’s e MSN’s da vida, isso se referindo ao uso doméstico, é claro, dentro das empresas e instituições de ensino, o uso da Internet já era mais do que propagado, mas nos lares brasileiros ainda era visto como algo inacessível e/ou supérfluo, conforme disse acima, computador era objeto de luxo, e internet (que era discada), serviço de maior luxo ainda.

De acordo com pesquisa Nove em cada dez usuários brasileiros que utilizam Internet acessam redes sociais (Orkut, Facebook, Sonico, etc...) ou usam ferramentas de comunicação instantânea (MSN, GTalk, YahooMessenger, etc).

O tempo de conexão desses usuários aqui no Brasil ainda é extremamente baixo, desconsiderando-se o tempo gasto por aqueles que ficam em salas de bate papo ou jogos online por exemplo.

Estou referindo-me exclusivamente a aqueles que utilizam esse tempo de forma realmente produtiva;

O fato é que a disseminação das redes de relacionamento/sociais foi uma forte alavanca para o crescimento de usuários de Internet no Brasil. Mas infelizmente, boa parte dos novos usuários não consegue aproveitar nem 10% de todo o potencial da Internet. É o caso daqueles que usam a Internet apenas para acessar seu perfil no Orkut e nem se preocupam em acessar um sites de notícias, revistas ou qualquer outro site em que se possa um pouco mais de conhecimento geral.

Seja no trabalho ou em casa, quando um usuário acessa a Internet, dificilmente acessa tão somente para fazer uma única coisa, como por exemplo, realizar uma busca no Google...

- Santo GOOGLE - Risos

...  sobre um determinado tema. Ele aproveita o fato de estar conectado e acaba usando parte do seu tempo em outras ferramentas, tais como E-mail, Messenger ou simplesmente para ler as notícias da última hora.

Quem aqui não tem um cerimonial pré-meditado ao ligar o computador?! Eu mesmo tenho um.
Independente do motivo, sempre que ligo o computador a rotina é a mesma:

Abro meu e-mail;
Abro meu MSN;
Abro meu Orkut e
Abro meu Facebook.

E só então após me atualizar em todas essas ferramentas, é que parto para as demais atividades, até porque em muitas dessas ferramentas já me levam a sites de notícias, e se não me levam esse é o segundo passo...

O tempo de uso produtivo do internauta brasileiro é extremamente baixo, e é claro que vocês irão me dizer:

- “Tenho vários amigos que ficam o dia inteiro nos MSN’ e Orkut’s da vida e que usam essas ferramentas de forma produtiva...”

Mas o fato é: “Nem todos usam de forma produtiva” ou melhor “A maioria não usa de forma produtiva”...

Vamos a mais alguns exemplos, hoje em dia os navegadores permitem a navegação por abas, é cada vez mais difícil manter o internauta preso em um único site por um longo período, primeiro que o “cara” abre mil abas ao mesmo tempo, e segundo, como a internet da maioria dos brasileiros não é tão rápida assim, o cara acaba abrindo mil abas e não consegue carregar 10% das abas que abrem, ou seja, o cara acaba nos MSN’s ou nos Orkut’s da vida.

Outro “habituê” da maioria dos internautas brasileiro, é a utilização em conjunto com a internet (na maioria das vezes em casa), de rádio e/ou uma televisão. O que pode parecer um simples prazer unificado...

- Existem pessoas que até dizem que são capazes de fazer mil e uma coisas ao mesmo tempo.

... acaba sendo uma verdadeira arma contra o bom uso da Internet, pois a tanto a TV quanto o Rádio, em suas mídias e programas, se utilizam hoje de muitos atributos da internet, quer um exemplo?

Suponhamos que agora você está lendo uma matéria em site de notícias, sobre “Aquecimento Global”, ou sobre uma nova posição da “ONU” em relação ao “caos” que se encontra o mundo.

E de repente surge uma noticia no rádio ou na TV, que a sua banda de música internacional favorita, está vindo ao Brasil, e que para maiores informações você deve acessar o site “tal”.

Pronto, já era sua leitura, sobre qualquer que seja o assunto...

É instantâneo, você está na internet, às informações da banda só estão na íntegra na internet, você automaticamente abandona a leitura e vai pro site da “banda”...

Por esse e por outros motivos, o brasileiro vão se dispersando e fazendo uma má utilização da maior ferramenta de informação do MUNDO.

Só pra deixar claro, não sou contra o uso dos MSN’ e Orkut’s, muito pelo contrário tais ferramentas são de extrema valia para aqueles sabem usá-las de forma consciente, eu mesmo navego pelas mesmas TODOS os dias.

E pra finalizar, se você leu este “post” até o final, você com certeza não faz parte da fatia de brasileiros que fazem “NADA” na internet - Risos.

Felipe Vieira

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Ensaios?!


Olá pessoal, estou de volta... Primeiramente queria agradecer a galera que vem me encaminhando textos para postar no “blog”, to adorando essa idéia, passei de “escritor” para “editor chefe”... Risos.

“Segundamente” - Risos - Aproveito o ensejo pra agradecer a todos pelos e-mails que tenho recebido de parabenização pelo Blog, aos pouquinhos a gente chega lá!

“Terceiramente e Ultimamente” - Risos, Risos, Risos - Queria só informar a vocês que nos próximos 10 dias, não postarei nenhum texto, acho que a maioria já sabe que eu trabalho no Carnaval de Salvador, e essa época é pânico pra mim, Guias, Monitores, Trios, Camarotes, Planejamento... Afff... Já deu pra entender porque vou ficar ausente né?!

Enfim, sem mais delongas vamos ao título principal...

Estou aqui hoje pra falar sobre os “Ensaios”, antes de ter a idéia principal do texto, resolvi dar uma “navegadinha” na rede...

- Na verdade no GOOGLE (ADORO!!!).

... pra ver o que a rede andava falando sobre o assunto, e encontrei muita coisa, mas não era o que eu queria...

Li por aí que surgiram no final do século XVI, que são simples opiniões, pensamentos que não devem ser levados muito a sério.

E Pensei:

- “Zorra”, século XVI, não é exatamente o que eu procuro, mas o finalzinho tem um pouco haver - “não devem ser levados muito a sério”, vou contiunuar...

Li que alguns explicavam os “ensaios” como tentativas, simples esboços literários...

- Hummm, esse aí não tem muito haver.

Muita leitura depois, descobri que os “ensaios” se dividiam em formal ou discursivo e informal ou comum:

No formal, os textos são objetivos, metódicos e estruturados, dirigidos mais a assuntos didáticos, críticas oficiais, etc...

Já o informal é mais subjetivo e caprichoso em fantasia, o que o torna muito mais veiculável.

Li também que o objetivo do ensaio é fazer algo comum, de fácil “leitura” (leitura?!), em que se possa fazer rápido, sem compromisso em dizer a verdade ou provar tal coisa, algo que possa ser discutido em casas de cafés, de intelectuais a cidadãos comuns. E foi  por isso que o ensaio se tornou um gênero literário (literário?!) tão popular.

Daí tirei duas conclusões:

- O ensaio que eu estava procurando é totalmente informal, pelo menos já achei em que divisão ele se encaixa.

- Tirando as palavras “leitura” e “literário” e trocando- as por “audição” e “musical”, consecutivamente, acho que começa a se enquadrar no que eu procurava, mas ainda não era isso.

Então parti pro dicionário, já que ensaio científico, não expressava realmente o assunto que eu queria tratar. Chegando ao dicionário, encontrei um “mundaréu”, de definições, li que:

·       Ensaio pode ser um texto literário breve, situado entre o poético e o didático;

·       Ensaios é o título da principal obra de Michel de Montaigne;

·       Ensaio é um método científico de avaliação;

·       Ensaio é um procedimento científico, normalmente normatizado, que visa obter, através de uma amostragem, os parâmetros que constituem as propriedades do objeto em estudo. ...

·       Ensaio é um programa de televisão brasileiro musical, exibido todas às quartas-feiras, às 22h10, na TV Cultura.

·       Ensaio é a realização de testes que visam determinar propriedades físicas ou químicas de um material.

·       Ensaio é o procedimento para determinação de uma ou mais características de um produto.

·       Ensaio é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático (qualquer tema), expondo idéias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado.

- Opa esse daí eu gostei, não é o que eu procuro, mas é o que eu faço aqui nesse “blog”, descobri que sou um “ensaiarte” - Risos.

Continuando e por último li que:

·       Ensaio é o meio empregado para testar se algo convém ao fim a que se destina; Primeira prova; Execução preparatória de uma peça musical, teatral.

- “Ufa”, enfim consegui, achei o significado do que eu procurava, e agora sim posso começar a falar dos Ensaios da Bahia, isso mesmo, as festas que agitam a terra que eu escolhi pra viver.

Tudo começa logo ali, no mês de Setembro, quando Jau (Afrodisíaco), começa a lançar seus ensaios no Pelourinho, e aí já viu né, nesse período que não é de muitos festejos, a cidade nas noites de quinta-feira tem destino certo...

Mas é lá pro mês de novembro e dezembro que a “porra incha”, começam uma “montueira” de ensaios que fica até difícil escolher pra onde se vai, e chegando janeiro então o clima fica mais pesado, até a segunda-feira fica tomada, é ensaio disso, ensaio daquilo, e como diria Renato Piába (Humorista baiano), o pior de tudo as bandas ensaiam, ensaiam, e nunca estréiam...

Pro povo de fora da Bahia ter noção, vou fazer uma “agendinha” rápida do que ta rolando de ensaios na Bahia hoje:

Segunda-Feira:
Cortejo Afro;
Harmonia do Samba.

Terça-Feira:
Gerônimo;
Olodum.

Quarta-Feira:
Bloco Afro Muzenza;
Banda Filhos de Jorge.

Quinta-Feira:
Psirico;
Jau (Afrodisíaco);
Margareth Menezes;
Raghatone;
Tatau (Ex- Araketu);
Levanóiz.

Sexta-Feira:
Mariene de Castro;
Viola Vadia;
Seu Maxixe.

Sábado:
Ilê Aiyê,
Márcia Freire;
Salsalitro.

Domingo:
Parangolé;
Carlinhos Brown e Timbalada;
Olodum;
Harém (Alexandre Peixe).


Isso tudo aí é só uma prévia, sem contar as lavagens:

·         Lavagem do Bonfim (já falei em outro post);
·         Lavagem de São Lázaro;
·         Lavagem de Iemanjá;
·         Lavagem de Itapuã.


Sem contar as feijoadas, é feijoada pra “zorra” em janeiro, até Boquilha fez feijoada esse ano - Risos.

·         Feijoada ao Mar
·         Feijoada da Dadá
·         Feijoadas dos hotéis Othon e Catussaba


E ainda tem os 04 dias de Festival de Verão que esse ano trouxe as seguintes atrações:


Quarta-feira 20/03/2010:
·         Palco Principal - NX Zero, Jorge e Mateus, Chiclete com Banana, Jammil e Parangolé
·         Boteco do Samba - Pixote, Nosso Ritmo, Samba di Banda, Leandro Sapucaí
·         Concha Acústica - Jau, Semente da Paz, Adão Negro, Cidade Negra, Margareth Menezes
·         Arena Universitária - Seu Maxixe, Saia Rodada, Arreio de Ouro, Namoro Novo
·         Tenda Skol - DJ Hand, DJ Mauro Telefunksoul, DJ Oliver Jack, DJ Santz, DJ Ricardo Ferraro,

Quinta-feira 21/03/2010:
·         Palco Principal - Eva, Paralamas do Sucesso, Ivete Sangalo, Aviões do Forró e Marcelo D2
·         Boteco do Samba - Diogo Nogueira, Edil Pacheco, Bambeia
·         Concha Acústica - Detonautas, Jay Vaquer, Alex Góes, Enio e a Maloca
·         Arena Universitária - Ed Bala, Limão com Mel, Desejo de Menina, Cavalo Doido
·         Tenda Skol - DJ Leandro e DJ Índio, DJ Big T - Rangell Mc e Coscarque Mc, DJ Bassick, DJ Mau Mau, DJ Anne Louise.


Sexta-feira 22/03/2010:
·         Palco Principal - Carlinhos Brown / Daniela , Caetano Veloso, Asa de Águia, Charlie Brown Jr., Victor e Léo e A Zorra
·         Boteco do Samba - Arlindo Cruz, Nelson Rufino, Bossa do Samba, Dhi Ribeiro
·         Concha Acústica - Márcia Castro, Vânia Abreu, Mallu Magalhães, Ana Cañas
·         Arena Universitária - Banda Pegação, Cavaleiros do Forró, Banda Magníficos, Marco e Marcio
·         Tenda Skol - DJ Berns, DJ Roots, DJ Jack, DJ AJ Perez, DJ Xcamas


Sábado 23/03/2010:
·         Palco Principal - Tomate, Claudia Leite, Akon, Revelação, Psirico
·         Boteco do Samba - Revelação, A confimar, Mariene de Castro, Fora da mídia
·         Concha Acústica - IBahia Garage Band, Márcio Mello, A Confirmar, República
·         Arena Universitária - Ébano, Cangaia de Jegue, Estakazero, Fred e Gustavo
·         Tenda Skol - DJ Leo Prudente, DJ The Ego, MC Sapão, DJ Ethan Shake, DJ Nazca


E quando você pensa que acabou a temporada de festas, ta muito enganado, ainda faltam os grandes nomes do Axé e seus ensaios milionários:

·         Balada Trip - Jammil
·         Ensaio Geral - Chiclete Com Banana
·         Cerveja e Cia - Ivete Sangalo
·         Trivela - Asa de Águia
·         Summer Fest - Cheiro de Amor
·         Eva Nave - Banda Eva

Obs: Esse ano não vi nenhum ensaio de Claudia Leite(antigamente era o Babado Elétrico, mas ela saiu do Babado Novo)... Com isso só posso imaginar que ela deve estar muito ocupada fazendo merchandising (ela ta em tudo que é campanha publicitária, já perceberam?), que talvez tenha preferido aparecer de convidada nos ensaios dos outros - Risos

E aí sim, depois dessa overdose de ensaios, finalmente...

NÃO, AINDA NÃO ACABOU...

Agora sim é a hora da estréia - O Carnaval de Salvador. Que conta com uma hiper, mega, ultra estrutura, pra atender todos os tipos de público, desde o folião que sai na “pipoca”, até o mais requintado que escolhe os camarotes milionários, passando pelos blocos e palcos...

É “meu rei”, ta achando que viver aqui é mole?!

Haja fôlego, e principalmente DINHEIRO, pra agüentar tantos Ensaios...

Felipe Vieira

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cuide-se bem


Como querer que as pessoas saibam o que você pensa, se acredita que é óbvio, sendo que suas ações demonstradas são interpretadas por mentes estranhas à sua e interpretações podem ser as mais variadas?

Você pensa que todos imaginam qual seja a sua lógica na vida e que sua Verdade é compartilhada por todos?

Primeiro que não sei se existe lógica, e sim lógicas. E tenho lá minhas dúvidas sobre a necessidade de ser compreendida.

Mas o que te faz feliz, o que completa e o que você acredita como sendo essência da vida e como você enxerga a estada no planeta Terra é uma construção individual, única.

Os grupos, as tribos, as crenças se misturam e sintonizam-se entre pessoas. Há os que crêem numa Verdade Absoluta, há os que nem pensam sobre isso, os que não se interessam e os que ignoram. Há o radical, crente na Sua Verdade e que se esforça em reunir adeptos a Ela. Mas há também aqueles que “pongam” na Verdade do outro. Acham interessante e copiam discursos, reproduzem ações, mas nunca deixaram que o seu observador interno percebesse as análises e as construções elaboradas intimamente.

Todos somos resultado do processo individual, desde a pré-concepção até o pós-morte. Nesse processo somam-se as informações, as experiências. Essa é a Minha e compartilho com vocês. Não é novidade, mas paramos pouco para refletir sobre Ela, sobre o propósito. É muita conta pra pagar, violências internacionais, globais, desajustes profissionais, frustrações amorosas, novelas, acontecimentos incessantes e noticiários. Mas é importante, eu diria fundamental, parar e perceber, se dar conta, resgatar, sua essência, sua missão. Se inquiete. Responda a você mesmo de onde veio, pra onde vai, o que faz aqui, o que gostaria de fazer, como gostaria de ser, o que faz pra isso e qual a sua contribuição.

Todos cumprimos um tempo vivos, somos uma máquina fantástica e complexa, e pensamos!

Ou pelo menos temos esse potencial.

E por que não pensarmos nisso? Não refletirmos sobre o estar aqui?

Diante das atribuições e interferências externas, do cotidiano de cada um, fica difícil refletir, pensar sobre o que realmente viemos trazer de contribuição para nós mesmos e para esse planeta.

Olhe para os lados e veja se tem a impressão de que o mundo está desviado, as pessoas estão caminhando sem saber pra onde vão, muitas vezes se deixando levar, sem entender pra que lado querem ir, que caminhos pretendem e querem trilhar. Elas simplesmente trilham. E se boicotam, muitas vezes. Não são o melhor que podem ser, nem pensam sobre isso, em alguns casos.

É certo que cada indivíduo tem histórias diferentes para resgatar, para viver, mas “cada ser em si possui o dom de ser capaz de ser feliz”.

Mas somos felizes? Buscamos essa felicidade? De que forma? Fazendo o melhor que podemos em todos os momentos?

A resposta definitivamente é não. Não agimos da melhor forma conosco mesmos e muito menos com o outro.

Vivemos a cada dia num mundo mais equivocado, cheio de males, de autodestruição.
Caminhamos para a regeneração? Talvez, sim.

Mas sabemos que dessa nova etapa poucos participarão. Então se atente ao olho interior. Faça a sua parte. Seja quem você descobrir que é, sentir que é. E reze, peça à Existência que eles também o façam.

Quem sabe não precisará que saibam quem você é, simplesmente sejam todos uma coisa só.

Emília Mazzei

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Estréia


Há algum tempo recebi o convite do dono deste blog singular (desde o início fiquei entusiasmada pela idéia original de que todos poderiam contribuir com sua construção) para escrever um texto meu aqui. Pensei em temas que pudessem causar impacto, criar polêmicas, temas com assuntos na pauta do dia, etc...

No fim nada me pareceu suficientemente polêmico, suficientemente impactante e a pauta do dia sempre se perdia na infinidade de temas abordados no mundo virtual, televisivo e escrito. No meio dessa falta de ter o que falar resolvi escrever sobre a coisa que mais amo neste mundo: música. Como idéias sobre ela não me faltam gostaria de convidar vocês leitores e ouvintes a compartilharem comigo o tema deste primeiro artigo. Quero falar sobre as influências musicais decisivas nas nossas vidas.

Falar em influências decisivas nas nossas vidas, geralmente, as primeiras pessoas em quem pensamos são os nossos pais. É a partir deles que começamos a ter contato com as coisas deste mundo.

Comigo não seria diferente.

Quando me lembro das minhas primeiras referências musicais me vêm logo à cabeça duas figuras: a sambista Clara Nunes e o pianista pop clássico Richard Clayderman. Do lado paterno veio o samba de Clara Nunes, praticamente único gênero musical do qual meu pai gosta, e do lado materno o instrumental pianista.

Lembro...

- Se é que se pode confiar em uma lembrança de mais de 25 anos.

...das capas dos discos e de, principalmente, minha mãe ouvindo à noite os discos “relaxantes” de Clayderman. E foi assim, pelos descaminhos do samba e do instrumental que acabei indo parar na “perdição” do pop/rock internacional.

Pois é, apesar dos meus pais terem sido aqueles que me apresentaram a música não seriam eles minhas influências decisivas. Definitivamente não gosto e nunca lembro de ter gostado de samba, com uma honrosa exceção ao samba – rock do mestre Jorge Bem, e de música instrumental, com honrosas exceções a alguns nomes do jazz. Não precisei, é verdade, ir muito longe para descobrir meu “mentor musical”. Alguém que realmente respirava música, coisa que não acontecia na minha família nuclear, e que continua sendo pra mim importante referência quando o assunto é som. Meu tio Fernando, irmão da minha mãe, foi minha influência musical decisiva.

Lembro de estar sentada na casa da minha avó materna, que nessa época morava no prédio em frente ao nosso e em cuja casa meu tio residia, ouvindo o primeiro disco que realmente fez sentido pra mim.

O ano devia ser entre 83 -84, tinha eu apenas 5 ou 6 anos, e a música que saia da radiola...

- Detalhe o meu Word está corrigindo a palavra radiola *risos,

... era um som que eu jamais vou esquecer o quão impactante ele foi pra mim. O artista era Michael Jackson e o álbum era o espetacular, com certeza o melhor álbum pop de todos os tempos, isso não é exagero, Thriller. Lembro de ficar olhando a capa do álbum maravilhada com aquele cara que se transformava em lobisomem e que iluminava as calçadas e tudo mais por onde ele passava. Uma espécie de Midas da música mundial. Nunca tinha visto e ouvido nada igual na minha vida. É uma daquelas lembranças transformadas em sensações que vão me acompanhar até o último segundo. Tudo bem que ser impactado pelo arrasa quarteirão Thriller não deve parecer nada demais.

- Afinal quem não foi?

Mas imaginem uma criança que ouvia samba, instrumental e os discos do Trem da Alegria, dos Patinhos, Pirlimpimpim, Balão Mágico, e todas as preciosidades dos anos 80, de uma hora pra outra se deparar com Thriller e Billie Jean. Posso garantir a vocês que isso foi decisivo na minha vida musical .A partir daí comecei a descobrir e consumir tudo que era música pop internacional. Veio Madonna, depois A-ha, depois Tears for Fears, e muitos outros filhos do pop internacional oitentista que nem sobreviveram pra contar história. Entretanto, se o foco das minhas atenções para o pop estavam quase sacramentadas, ainda sofria a influência de Xuxa, Paquitas, Angélica e todos os ícones da infância anos 80, o rasgão definitivo nas minhas influências musicais veio aos 10 anos com uma banda chamada Guns’n Roses. Apetite for destruction, seu disco de estréia e arrasa quarteirão do hard rock, sacramentou de vez minha redenção ao mundo do pop/rock. Não podia nem queria resistir ao chamado deles. Tinha finalmente encontrado minha turma.

Não pensem vocês que sou mal agradecida. Guardo com muito carinho as lembranças de Clara Nunes e Richard Claydermam. Afinal de contas, são eles que me fazem lembrar das pessoas, senão decisivas para o meu gosto musical com certeza decisivas e mais importantes da minha vida. Meus pais.

Agora deixo a peteca com vocês. Até a próxima!  

Bruna Ismerin